Desde o ano passado, especialistas apontam uma crise financeira, desencadeada pela pandemia. Contudo, ao mesmo tempo em que a economia geral estava em queda, o mercado imobiliário teve uma alta. 

Mesmo durante uma crise, foi o melhor momento, em anos, para investir no mercado imobiliário e financiar imóveis. Isso porque a taxa Selic estava em uma baixa histórica. Afinal, o que é essa taxa e qual o impacto dela no mercado imobiliário? Vamos explicar!

Taxa Selic: o que é?

A sigla Selic representa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. O Sistema é um ambiente digital que envolve apenas instituições financeiras e o Banco Central. Este é o local em que os títulos do Tesouro Nacional são negociados diariamente.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) realiza uma apuração, cruzando diversos indicadores financeiros nacionais e informações. Assim, a cada 45 dias, um cálculo é realizado para obter a taxa média dos juros e definir a taxa Selic. Esta é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela está diretamente ligada com qualquer taxa de aplicação financeira, empréstimo, financiamento e até com a inflação.

Na verdade, a Selic foi criada justamente para controlar a inflação. Em 1979, o país passava por um cenário de hiperinflação. Então, o Banco Central do Brasil conseguiu ter uma ferramenta para o controle desse índice. 

Por que a Taxa Selic impacta no mercado imobiliário?

A Selic, por ser um resultado de todas as taxas nacionais e indicadores financeiros, afeta diretamente qualquer outra taxa. Ela controla a inflação, por isso influencia desde preço dos produtos em mercados até em grandes investimentos.

A relação da Selic com o mercado imobiliário é referente às taxas de juros de financiamentos, consórcios, investimentos etc. Dentro desse mercado, o mais vantajoso é que a taxa Selic esteja baixa. A diminuição dos juros ao ano incentiva muitas pessoas a adquirirem um imóvel.

Uma das estratégias do Banco Central do Brasil com a ferramenta é diminuir a Selic – dentro do possível – para estimular o consumo. Isso aquece a economia e pode auxiliar a aumentar a inflação quando esta está abaixo do esperado.

A alta da Selic não é exatamente uma desvantagem. Quando isso acontece, os preços dos bens tendem a ficarem mais baixos e estáveis. É por conta da inflação controlada. Contudo, os juros de créditos se tornam mais altos.

Cenário atual da Taxa Selic

A baixa da Selic torna os diferentes tipos de crédito – principalmente o imobiliário – mais acessíveis. Em 2020, o Copom abaixou a taxa para 2% ao ano. É uma das menores taxas da história.

Para ter uma noção melhor, em 2015, essa taxa estava em 14,25% ao ano. Em 2018, ela já apresentava uma queda, sendo chamada como a mais baixa da história, estando em 7% ao ano.

A pandemia piorou a situação econômica do país. Para conter a inflação e movimentar a economia, o Banco Central do Brasil reduziu ao menor número possível a Selic. 

O resultado foi a grande procura por crédito imobiliário. O mercado imobiliário e o setor de construção civil deram um salto nas movimentações.

De acordo com os dados presentes no site do Banco Central do Brasil, se comparados os montantes de operações de crédito destinadas à construção, reforma, ampliação e aquisição de unidades residenciais de antes da pandemia com o momento em que a taxa Selic estava mais baixa, há uma grande diferença.

Em dezembro de 2019, a Selic estava em 4,5%. Naquele mês, ela tinha apresentado uma baixa de 0,5%. Durante aquele período, foram movimentados cerca de 656 bilhões de reais em construções, reformas, ampliações e aquisições de residências. No mesmo mês, mas em 2020, com a taxa a 2%a.a., a quantia aumentou para quase 731 bilhões de reais. 

Em 2021, a taxa voltou a crescer, mas não muito. No mês de março, o Copom anunciou que a Selic subiria para 2,75%. Agora, em maio, ocorreu a última reunião para que o Comitê decidisse o valor da taxa. Atualmente, ela está em 3,5%, mas tem previsão de chegar em 5% até o ano que vem.

A Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) tem uma expectativa de que os financiamentos imobiliários cresçam cerca de 27% durante 2021. Muito disso porque as taxas ainda se mostram atrativas e muitas pessoas têm medo de perderem uma grande oportunidade.

Uma dica para quem pensa em financiar é observar o comportamento geral das taxas de juros. Financiamentos são investimentos a longo prazo. Os reajustes são anuais, e precisam considerar o comportamento de toda a economia. Realmente pode ser uma grande oportunidade de investir no sonho do imóvel próprio em uma baixa da Selic.

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